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Dia Mundial do Refugiado

Portugal disponível para receber barcos humanitários

20 jun, 2018 - 08:21

O ministro da Administração Interna respondeu ao apelo da Unicef na Manhã da Renascença. Eduardo Cabrita sublinha que Portugal foi o sexto país europeu que mais refugiados acolheu.

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Portugal “não exclui” a possibilidade de acolher, nos seus portos, navios com refugiados. A garantia é dada esta quarta-feira na Renascença pelo ministro da Administração Interna.

“Portugal nunca recusou receber quem se dirija [aqui] numa situação de emergência humanitária. Portanto, essa é uma dúvida que não se coloca sequer”, afirma Eduardo Cabrita, saudando “o Governo espanhol que, estando mais próximo, tomou essa decisão” de receber os refugiados do navio “Aquarius”.

Convidado da Manhã da Renascença neste Dia Mundial do Refugiado, o ministro realça a posição portuguesa face aos refugiados: responsabilidade partilhada e solidariedade entre todos os Estados-membros da Europa. É isso que Portugal vai defender no próximo Conselho Europeu.

“Somos um dos países que integra o chamado grupo que considera que deve haver uma política de responsabilidade e de solidariedade. Responsabilidade, porque a defesa das fronteiras é uma questão comum europeia, mas também é importante para a Europa que exista mecanismos de migração legal. De solidariedade, porque achamos que este esforço não pode recair exclusivamente nos chamados países da linha da frente”, explica, reforçando que “Portugal está disponível para partilhar processos de recolocação de refugiados à escala europeia”.

Nas últimas horas, a Unicef Portugal apelou ao Governo que crie condições para receber mais crianças refugiadas no país. Eduardo Cabrita responde com “uma posição de disponibilidade para considerar este apelo” e reforça que “Portugal foi o primeiro país a receber crianças afegãs num programa experimental a partir da Grécia por acordo com a organização muito conhecida que é liderada pela senhora Lora Pappa”.

O ministro lembra ainda que “fomos o sexto país europeu que mais refugiados acolheu” ao abrigo do programa, já encerrado, de recolocação.

Agora, começou uma outra etapa – de “reinstalação a partir dos chamados países terceiros” – e Portugal já se “disponibilizou para trazer refugiados a partir do Egipto e da Turquia”, dois países onde “temos representação diplomática e onde é possível, com o apoio das nossas embaixadas, fazer no local entrevistas e ações de seleção”.

E é isso mesmo que vai começar já na primeira semana de julho. No Egipto, vai começar “a primeira missão de seleção, em que vão ser entrevistados no próprio país terceiro refugiados que foram sinalizados pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para reinstalação”, anuncia Eduardo Cabrita.


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Refugiados negados?

Segundo alguma imprensa desta manhã, Portugal é dos países europeus que recusam mais pedidos de asilo (64% no ano passado). O ministro da Administração Interna diz que se trata dos “chamados espontâneos, que surgem sem direito de entrada legal nos nossos aeroportos”.

Eduardo Cabrita lembra que Portugal tem “das maiores ligações a países africanos” e que, dentro dos que chegam, há casos de “verdadeiros refugiados” e casos que têm de ser “analisados e decididos nos termos da lei” – os tais espontâneos.

Segundo o ministro, estes casos podem ter “ligações a redes que usam algumas das rotas africanas que chegam a Portugal”

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  • Anónimo
    03 ago, 2018 18:02
    Ó "A XENOFOBIA", deviam-te era mandar para a Síria para ver se gostavas de passar pelo que passam muitos refugiados!
  • A xenofobia
    25 jun, 2018 dequalquerlado 10:32
    Oh anonimo mas quem são afinal os xenófobos? São eles que trazem e querem usar os seus costumes contraditórios à liberdade e democracia, mas não são tolerados os costumes de quem vai diferente para as suas terras, ou será dos que vêm muitas vezes nesta gente um perigo para a segurança dos cidadãos e que se vêm confrontados com gente retrógrada que ainda por cima têm todas as ajudas que não se dão aos cidadãos mais necessitados do país? Ainda estes dias vi na minha terra mulheres de burka. Mas era só o que faltava. Então como podem estas mulheres mesmo que consigam trabalho terem condições para trabalhar com outras pessoas, ou mesmo servir a quem precisar dos seus serviços? Acha isto admissível? Este país não tem dinheiro para nada, nem condições para dar aos seus, como vai ter para dar a esta gente que pensa ainda como na idade da pedra? Só vês as coisas como te apetece, mas a realidade é totalmente diferente.
  • manuel
    22 jun, 2018 lisboa 12:39
    felizmente que eles não querem ficar por cá. anda o goverro a dizer que não tem dinheiró e depois disponibizasse para receber estes abrunhos
  • Anónimo
    21 jun, 2018 15:45
    "Não querem esta terreola onde chegam cá, lhes poem uma pá ou enxada nas mãos, ou tentam enfiá-los no interior despovoado e sem nada, ou os poem a apanhar fruta." Ou então é porque aprenderam português mas leram os comentários da escumalha xenófoba e logo mudaram de ideias. Nem os portugueses querem viver cá.
  • Nunes
    20 jun, 2018 Algarve 14:49
    Não resolve o problema.... precisamos é de soluções e não de pseudo-remendos. Se é realmente para acolher as pessoas que saem da LIbia então fica mais barato para todos se a europa enviar barcos de cruzeiro aonde cabem milhares e atracar nos portos da Libia; assim combatem os ditos contrabandistas.... Mas não podemos esquecer os que vêm de terra e ar porque esses também têm que ser contemplados.... Concordo? claro que não! mas sempre é melhor do que esta fantochada para vender noticia. Ou então fazer o que é suposto fazer ou seja cumprir as leis que existem
  • Cidadao
    20 jun, 2018 Portugal 09:56
    Eles querem é Alemanhas, Franças, Inglaterras e paises que no entender deles lhes podem dar uma vida melhor. Não querem esta terreola onde chegam cá, lhes poem uma pá ou enxada nas mãos, ou tentam enfiá-los no interior despovoado e sem nada, ou os poem a apanhar fruta. Muito melhor que o que têm no País deles, mas não é isso que eles querem. Por isso, pela calada da noite piram-se de cá, e depois são apanhados nos países para onde queriam mesmo ir e nós ainda temos de pagar o repatriamento. Cale-se sr. ministro e prepare mas é o País para a época de fogos, que é para isso que aí está, e ao que parece, mais de metade está por fazer.

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